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Berserkers são os guerreiros que lutavam em nome deus da guerra, Ares. Eram ferozes e sanguinários, assim como seu deus, matando e destruindo tudo ao seu redor.


Histórico[]

Segundo o Hipermito, foram os inimigos mais poderosos enfrentados por Atena e seus Cavaleiros. Em sua unica Guerra Santa, foram capazes de subjugar os Cavaleiros de Atena, forçando a deusa a permitir, pela primeira vez, que seus guerreiros usassem as doze Armas da Armadura de Libra em combate. Com as armas, os Cavaleiros de Atena foram finalmente capazes de vencer os Berserkers.

No Hipermito, Ares e os seus Berserkers possuem um capítulo especial à parte, nele é dito que o deus da guerra possui quatro batalhões denominados:

Batalhão da Chama
Batalhão do Fogo Vermelho
Batalhão do Medo
Batalhão do Desastre

Gainden de Deuteros

Berserkers decapitados renascendo no Coliseu do Santuário

Tais Bersekeres eram tão terríveis que para vencê-los, pela primeira vez na história, Atena teve que liberar o uso das 12 Armas de Libra. No fim foram derrotados ou buscaram refúgio no reino de Hades. (segundo o hipermito). 

Nesta passagem do mangá dá-se a entender que cada batalhão posuia um comandante. Os mais clássicos deuses gregos que serviam a Ares são Fobos, Deimos, Ênio e Anteros.

Os dois primeiros foram utilizados na passagem inicial, contudo os dois últimos, sabe-se lá porquê, Kurumada não os mencionou. Ênio, era amante de Ares e, a deusa da carnificina. E Anteros é o deus do anti-amor.

Seguindo os 4 pelotões, Fobos deve liderar obviamente o Batalhão do Medo, enquanto os demais não dá para afirmar de modo oficial, pois a ligação entre os personagens e as características não combinam totalmente, mas se arrisca dizer que o Batalhão do Desastre é liderado por Deimos, muitas vezes conhecido como o deus da calamidade.

Mas por que motivos CDZ não seguiu os padrões clássicos para estes Duques de Guerra de Ares? Ao que parece Kurumada usou outras fontes para isto, tão clássicas quanto a versão mais conhecida:

“O outro exército, assim que eles ouviram o alvoroço que surgia... repentinamente montou-se nos cavalos de patas de luz e partiram, tão logo chegando. Estes ficaram firmes e lutaram uma batalha pelas margens do rio, e eles estavam derrotando uns aos outros com suas lanças de bronze; e Éris estava lá com Kydoimos entre eles, e Keres, o destrutivo; ela estava ao lado de um homem vivo, mas ferida nova, e outro ileso, e arrastou um homem morto pelos pés com a carruagem.”

Homero, Ilíada 18.535.
“Nas mãos [Hércules] levava seu escudo, todo brilhante: ninguém já havia o quebrado ou esmagado. Era uma maravilha de se ver... No centro estava incrustado Fobos, inflexível, indizível, enquanto fitava com olhos que ardiam em fogo. A boca dele estava cheio de dentes em filas brancas, medonho e assustador, e em sua sobrancelha severa pairava o ódio assustador que toma a multidão de homens: Impiedoso era, porque tomou a mente e sensos de infelizes pobres que fizeram guerra contra o filho de Zeus... No escudo Proioxis (Perseguição) e Palioxis (Vôo) foram também forjados, e Homados (Tumulto), e Androktasias (Homicídio). A Éris também, e Kydoimos estava ao seu redor, e o mortal Keres segurando um trio recentemente ferido”

Hesíodo, Escudo de Hércules – 139.
“Toda a confusão daquela rixa desesperada sucitou matança e destruição. O Kydoimos encarnado delirou pela batalha em andamento; ao lateral dele Thanatos – o cruel, e Keres – o medonho, a escarranchar.”

Quintus Smyrnaeus, A Queda de Tróia 1.306.
“Então conhecida as frentes de batalha: o medo atingiu as mãos. Dura e cansativa era então a briga: Kydoimos encarnado espiou pelo meio, com Fonos (Massacre) horrivelmente lutando... Pelo ar reverberou um rugido indistinguível e terrível; em ambos os anfitriões caia a lança de ferro de Éris.”

Quintus Smyrnaeus, Queda de Tróia 6.348.
[Comédia na qual o daimon Polemos, espírito da guerra, enterra Irene, a deusa de paz, em uma cova]
Polemos (entra trazendo um enorme morteiro): Oh! mortais, mortais, mortais miseráveis, como suas mandíbulas estalarão! Polemos: Arre! Kydoimos, apareça já!
Kydoimos: O que você quer?
Polemos: Estava lá fora, né! De pé lá com braços cruzados! Ponha este capacete na cabeça como castigo.
Kydoimos: Oh! como pinica! Senhor, Para que você está com este bagulho nas mãos, posso saber?
Polemos: Corra e me vá buscar um bocado de almofariz [ingrediente para artefato bélico].
Kydoimos: Mas nós não temos mais; era só o de ontem e já usamos.
Polemos: Vá então me buscar um de Atenas, e se apresse, ande!
Kydoimos: Eu me apressarei; se eu voltasse sem um, eu não teria nenhuma causa para ir, né. (Ele escapa.) Trygaios (locutor, para o público diz): Ah! o que é que nos reta, mortais miseráveis como nós somos? Veja o perigo que ameaça se ele trouxer uma mão de almofariz para Polemos que se divertirá intimamente combatendo todas as cidades da Grécia à pedaços. Ah! Baco! Faça este Arauto do mal [Kydoimos] perecer na estrada!
Polemos (para Kydoimos já regressado): E aí?
Kydoimos: E aí o quê?
Polemos: Você não trouxe nada?
Kydoimos: Ah! os atenienses perderam o deles, o curtidor do almofariz da Grécia morreu moendo polvilho.
Trygaios: Oh! Atena, amante venerável! é bem para nossa cidade ele está morto, melhor se ele ainda pudesse nos ter servido este guisado [o polvilho].
Polemos: Então vá e busque alguém de Esparta que faça isto!
Kydoimos: Sim, sim, mestre! (Ele escapa.)
Polemos (gritando): Esteja de volta tão rápido quanto puder.”

(a comédia se encontra no fato que agora iriam causar guerra em Esparta e não em Atenas).

Aristófanes, Paz 255.
“Deimos, Fobos e Kydoimos, criados de Ares, os filhos da guerra; eles eram muito experientes no que Ares fazia de melhor, contudo não amedrontaram Hefestos [quando Ares foi buscar Hefestos no Olimpo libertar Hera do trono dourado]“.

Suidas “Deimos”
Estas são todas as passagens clássicas em que os personagens citados aparecem juntos, de uma ou outra forma, contudo nunca aparecem os quatro em um mesmo mito, principalmente chefiando as milícias de Ares. Por Suidas vemos três deles em ação, o número mais próximo. Contudo as denominações dada aos batalhões sim são citadas de forma completa, ainda que não ligadas a estes deuses. Tais nomenclaturas foram utilizadas pela primeira vez por Quintus Smirnaeus, o autor da “A Queda de Tróia”, ou seja era um escritor romano tardio. Ele apresenta os batalhões da seguinte forma:

Flogios, um Daimon. “Chama”.

Eton, um Daimon. “Fogo Vermelho”.

Metum, um Daimon. “Medo”.

Conabos, um  Daimon. “Desastre”.

Metum (cuja raiz dera origem a palavra Medo é a versão latina do deus Fobos. Contudo Flogios, Eton e Conabos são versões independentes da tradição grega, ou seja, divindades particulares não ligadas à nenhuma helênica. (Deimos para os romanos era Pavor ou Formido, mostrando como eram distintos). Entretanto, todos os daimones maques (espíritos de guerra) são de atribuições confusas entre si, mesmo em somente uma tradição, como a grega.


Berserkers conhecidos[]

Aparecem na Gaiden de Defteros

Curiosidades[]

  • Os Marcianos parecem ser baseados nos antigos Berserkers de Ares, pois no topo de sua hierarquia são liderados pelos Quatro Reis Celestiais que podem corresponder ao cargo dos antigos líderes dos Batalhões da Chama, do Fogo Vermelho, do Medo e do Desastre, sendo que estes estão abaixo apenas do Deus Marte, sendo que Ares e Marte, pelas mitologias gregas e romanas são a mesma pessoa. 
  • Segundo Junkers de Lobo, na Gaiden de Defteros, os berserkers são os fantasmas do coliseu. Segundo Dégel, os berserkers foram decapitados e selados debaixo do próprio por Atena.
  • Aspros tira o selo de Atena na Gaiden de Defteros e os berserkers renascem na frente de seu irmão e Dégel. Algo interessante é que Ares é o segundo pior inimigo de Atena depois de Hades e ainda não apareceu em nenhum mangá, anime ou história em Saint Seiya. Apenas em algumas citações. O máximo foi o aparecimento de alguns berserkers em Saint Seya The Lost Canvas Gaiden de Defteros.
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